A minha amiga Cristina num comentário aqui no blog falou do Pedro Beça Múrias e da sua história de vida.Falou do livro "Crónicas da Sala de Espera".
Deixou-me este texto:
“De deixar de se sentir na escuridão.
De começarem a ver que pode haver flores que se atravessam no seu caminho.
E que milhares e milhares de quilómetros de travessia que leva a vencer uma doença, podem afinal ser, não um deserto, mas um jardim.
Um jardim perfumado pela amizade.
Por olhares que brilham e nos sabem dar a mão quando nos adivinham uma lágrima.
Um jardim com seres mágicos que nos empurram quando hesitamos dar um passo.” Pedro Beça Múrias
Fiquei com a "orelha no ar". Fui pesquisar.E também encontrei um blog com o mesmo nome!
Depois em conversa com a Fátima falei-lhe no comentário da Cristina e a Fátima disse-me que sempre ouviu todas as crónicas e contou uma história que eu não esqueço.
Fátima, vais desculpar-me a inconfidência!
Ela ouvia as crónicas sempre pelo rádio do telemóvel, a caminho de casa, em transporte público.
Um dia estava ela lavada em lágrimas com o testemunho do Pedro que, a senhora que ia ao lado dela lhe perguntou se se estava a sentir bem ou o que se estava a passar...ao que ela respondeu: "Estou a aprender a viver"!
Está tudo dito!
Já li e gostei de muito e "continuo a aprender a viver" tal como a Fátima e todos nós!
Deixo a sinopse. Aconselho vivamente a leitura.
Pedro Beça Múrias, tem 47 anos e é jornalista. Em Dezembro de 2008 foi-lhe diagnosticado um cancro no recto. E logo se lhe colocaram no horizonte tratamentos de quimioterapia e radioterapia, antecipando uma operação para remover o tumor. Essa operação aconteceu a 27 de Abril de 2009. Motivado pelos colegas do programa Janela Aberta, emitido todas as tardes no Rádio Clube Português, passou a assinar umas crónicas diárias - "Crónicas da Sala de Espera" - nas quais contava o seu dia-a-dia como jornalista, e como doente de cancro, nos hospitais onde fez os tratamentos. Chegou mesmo a fazer alguns directos da sala de tratamentos de Quimioterapia, usando o braço que tinha livre para falar ao telefone.
Quando, na Gala do Rádio Clube, realizada em 2009, foi aplaudido de pé por dois mil ouvintes, durante vários minutos, sentiu que todo o seu esforço, pois disso se tratou, estava a valer a pena.
Estava a chegar às pessoas.
Enquanto isso, não parou de receber e-mails de ouvintes, ora a agradecer-lhe por existir uma voz mediática com quem se podiam identificar, alguém que estava a passar e a sentir o mesmo que eles, ora a incentivá-lo a continuar.
Mesmo depois da operação, fez mais alguns directos deitado na cama do hospital. E no dia em que teve alta, entrou em directo no programa Janela Aberta, tendo passado pelos estúdios antes até de ir para casa, após dois meses e meio de internamento.
Hoje, passado um ano desde o início da sua luta contra a doença, pode dizer-se que a levou de vencida, apesar de alguns sobressaltos ocorridos no pós-operatório.
Quanto ao futuro, se o Cancro voltar, "cá estarei de novo para lhe dar luta! "…
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